Wednesday, September 12, 2012

Balada dos Aflitos

 Quem nos acode? ...
Bem damos tratos à imaginação! ...


Balada dos Aflitos


Irmãos humanos tão desamparados
a luz que nos guiava já não nos guia
somos pessoas - dizeis - e não mercados
este por certo não é tempo de poesia
gostaria de vos dar outros recados
com pão e vinho e menos mais-valia.


Irmãos meus que passais um mau bocado
e não tendes sequer a fantasia
de sonhar outro tempo e outro lado
como António digo adeus a Alexandria
desconcerto do mundo tão mudado
tão diferente daquilo que se queria.


Talvez Deus esteja a ser crucificado
neste reino onde tudo se avalia
irmãos meus sem valor acrescentado
rogai por nós Senhora da Agonia
irmãos meus a quem tudo é recusado
talvez o poema traga um novo dia.


Rogai por nós Senhora dos Aflitos
em cada dia em terra  naufragados
mão invisível nos tem aqui proscritos
em nós mesmos perdidos e cercados
venham por nós os versos nunca escritos
irmãos humanos que não sois mercados.


Manuel Alegre
Nada está escrito
ed. D.QUIXOTE - 2012
@as-nunes 

Jogos de estratégia partidária/PSD para a II parte da legislatura

12-09-2012 20:23 - Troika garante que não exigiu redução da TSU
A troika recusa a ideia de que a decisão do Governo em cortar o salários dos trabalhadores do privado, para reduzir a taxa social única (TSU) das empresas, tendo sido uma imposição da troika.

Em entrevista ao “Público”, cujo excerto foi esta noite antecipado no site do diário, Abebe Selassie diz que os cortes salariais foram uma ideia do Governo e que qualquer outra medida geraria o mesmo debate.

Para o chefe de missão do FMI em Portugal, o aumento da contribuição dos trabalhadores é uma forma “criativa” de resolver o problema do défice e da competitividade. Quanto ao impacto no salário dos trabalhadores do sector privado, Selassie admite que a medida “tem de ser calibrada, para que o impacto sobre os pobres seja tido em conta”.

No parlamento esta tarde o Ministro das Finanças também assumiu a paternidade do programa de ajustamento, depois da troika dizer que o programa não era seu.

Na entrevista ao “Público”, o responsável do FMI alerta também que “se o programa for apenas austeridade, a economia não vai sobreviver”, sendo por isso que foi dado mais um ano a Portugal para o País atingir um défice abaixo dos 3%.








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