Monday, November 01, 2010

A úlima morada


Cemitério de Sto. António do Carrascal - Leiria, hoje
Ainda que só amanhã é que seja o Dia («oficial») dos Fiéis Defuntos
In extremis, ao findar do dia de hoje, 1 de Novembro de 2010

A última morada



Chamam-lhe a última morada...


Lugar mórbido,
Lugar sinistro...


Flores e velas, para quê?
Para quem?
Por uma recordação?
Por pó?
Por nada?


Porquê a última morada?


O que é eterno,
Subiu à Eternidade.


O que é da terra,
Morreu, já não existe.


De quem a última morada?
De quem?
Se aqui já não há nada!

1/11/2007
Zaida Paiva Nunes
in "Talvez" - ed. Folheto 2008

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Mesmo assim, lá fomos, eu e a Zaida, cumprir o ritual de deixar flores na campa do meu sogro, que morreu e foi enterrado em 1994...
Em tempo, nós, também, fizémos questão de lhe prestar uma homenagem que julgamos merecida, escrevendo o livro "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Época, Uma Cidade", Ed. Folheto - Leiria.
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