Thursday, August 23, 2007

Sobreiro da Escola do Telheiro - Barreira

Este sobreiro é como que uma imagem presente do meu dia a dia e nos de muitas mais pessoas, com toda a certeza. Já o fotografei em variadíssimas ocasiões: com mais luz, menos luz, de outros e variados ângulos. Mas é assim, tal como está - mesmo descarnado da sua cortiça, que lha tiraram há uns dois anos - talvez, que mais ele se mostra.
Há que tempos que ando para o colocar neste meu blogue. Ei-lo finalmente!
Quantos anos terá? Já fiz esta pergunta a muita gente da terra, Telheiro - Barreira - Leiria. Que não fazem ideia. Está posicionado precisamente no lugar do muro do recreio da Escola Básica. Ainda bem que o estão a preservar. Para mim, que aqui passo todos os dias e que moro aqui perto, já é mais que uma simples árvore. É um símbolo dum lugar! Imprescindível!
Que Deus o conserve! E que os homens não o desamparem!...

- Quercus suber L Sobreiro, Sovereiro, Sobro, Sôvero, Chaparro

Árvore de copa ampla algo irregular, até 10-25 metros de altura. Ritidoma suberoso(*), grosso e gretado, cinzento-escuro a quase negro, revelando-se liso e amarelado ou avermelhado nos troncos e ramos descortiçados. Espécie comum do O da região mediterrânica e muito cultivado na Europa pelo valor ornamental e aproveitamento comercial da cortiça. (ver "Árvores de Portugal e Europa" - Guia FAPAS(**) - ed- 2005. A página 3 deste livro pode ler-se: "Em memória do grande ambientalista português, Vitor Manuel Marques de Magalhães, 1951-2004. ... Com o Vítor Marques, como gostava de ser chamado, travámos muitas lutas, fundámos o Terra Viva, o Grupo para o Estudo e Protecção da Fauna e Flora do Alto Alentejo e, por fim, o jornal e a associação Quercus. ... Caro Vítor, ainda havemos de plantar, com o Gustavo, muitas árvores em tua memória! 14 de Abril de 2005. Serafim Riem" (Gustavo é seu filho)).

(*) Principal característica para o distinguir da Azinheira, Quercus Ilex L, que tem o Ritidoma não suberoso, isto é, "porção externa da casca, e que consiste na periderme e tecidos por ela isolados, nomeadamente tecidos corticais e floémicos", no caso em análise, ter ou não ter cortiça.

(**) FAPAS - Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens, associação sem fins lucrativos (http://www.fapas.pt/)

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4 comments:

al cardoso said...

Estou convencido que se todos fossemos amantes de arvores, como e o meu amigo, este mundo seria muitissimo melhor.
Os meus parabens pela causa que muito bem defende.

Um abraco f/algodrense.

olho_azul said...

A minha rua era conhecida como a Rua das Árvores. Infelizmente não é do meu tempo.
Hoje, bem no centro, apenas existe uma - não muito alta, mas de copa larga, onde o tronco serão precisos, talvez, 3 pessoas para o abraçar.
Não sou grande conhecedora do nome das árvores, mas penso que se trata de um plátano.
Um abraço

as-nunes said...

Bonito nome, sem dúvida. Rua das Árvores, porque não?! Já que se está a desflorestar tudo quanto é sítio propício a urbanizar, ao menos que se plantem árvores nas ruas, nos separadores centrais e nos passeios. Programem-se as ruas e passeios com espaço suficiente para as árvores. Não se faça como numa avenida que eu cá sei (uma dentre muitas outras) em que se plantaram Grevilleas robustas (que até são bonitas e de crescimento rápido) mas que lhe deixaram um espaço tão exíguo para se desenvolverem que, quando tiverem para aí 15 anos vão ser abatidas, com toda a certeza. Na alternativa, reduzir as faixas de rodagem para elas poderem prosseguir o seu desenvolvimento.
A propósito, "olhoazul", pode tirar uma foto a essa árvore e mostrá-la?
Um bjinho
António

olho_azul said...

Claro que sim! Em breve vê-la-à e até me poderá confirmar o nome!

Continuação de um bom fim de semana