Saturday, May 19, 2007

E os outros trabalhadores?

É tudo muito bonito, os Sindicatos organizam greves do sector público. Umas atrás das outras. Quem paga essas greves?
Quem defende o poder de compra dos trabalhadores do sector privado, daquele que produz a riqueza?
Sabem os chefes dos sindicatos da função pública que a maior parte das empresas do sector privado há quase 5 anos que não actualizam os salários dos seus trabalhadores?
Façam-se contas, muito simples, e veja-se da brutal perda de poder de compra desses trabalhadores. E tudo em nome de quê?
O próprio Governo continua a usar, nas ditas Reformas da função pública e da Segurança Social, dois pesos e duas medidas. Ou vários pesos e várias medidas?
Claro que precisamos de serviços públicos! Mas precisamos igualmente de ser tratados em pé de igualdade, sejamos trabalhadores do sector público ou do privado! Não somos interdependentes?
O Estado não somos todos nós?

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5 comments:

al cardoso said...

Pois somos, mas parece que os sindicatos nao pensam assim.
Ate me admirei do meu amigo nao ter reparado, que essa faixa esta a conspurcar visualmente um templo tao bonito!

Um bom domingo e um abraco amigo do d'Algodres.

asn said...

Bom dia, AL
Reparei, reparei. Mas a questão é que já tenho andado a barafustar tanto contra essas faixas e cartazes e placars e outros meios que tais, que até me permiti não insistir nesse pormenor. De qualquer modo lá está a marafada da faixa a tapar a beleza do monumento, que é a Igreja de S. Francisco, em Leiria, por sinal requalificada há uma dúzia de anos.
Um bom domingo também para si, Al Cardoso.
António

janus said...

Espero que não seja contra as greves... pois eu faço-as sempre e sou funcionária pública. Quem as paga não sei, mas sei que me descontam esses dias de greve no ordenado e na antiguidade. Por enquanto é, ainda, um modo de luta de todos os trabalhadores, embora neste país não atinja ninguém a não ser o bolso dos próprios grevistas, continuo a fazê-las pois é a única forma de fazer sentir o patrão(que é no caso o governo) que não estou de acordo com as leis que têm vindo a sair mais as que faltam.
Quanto aos trabalhadores que não são funcionários públicos, certamente os sindicatos convocarão greves quando lhes mexerem no bolso, na garantia de sustento da família e qualquer garantia que lhes queira tirar.
Gostava que desta vez a greve tivesse bastante adesão.
Querem fechar ou fecham serviços públicos que não passa pela cabeça serem fechados ou passarem para empresas privadas, trabalhamos até aos 65 anos, sem saber se haverá dinheiro para a reforma que presentemente já é igual à do regime geral, etc e os nossos filhos ficam em casa no desemprego... etc... etc... só neste país tudo isto é permitido.
Adiram à greve, sempre

asn said...

É claro que não so contra a greve justificada.
O que se passa, no entanto, é que as Centrais Sindicais só se mobilizam a fundo quando se trata de defender os trabalhadores do sector público.
Quem mais tem perdido podr de compra são os trabaladores do sector privado, a maioria sem aumentos há vários anos.
Quem ns acode?

Tozé Franco said...

Sou a favor do direito à greve e à manifestação.
No entanto, o que está em causa é o facto de as greves serem quase sempre do sector público. Os outros têm medo que a empresa feche, abra falência. Não me parece que o estadocorra o perigo de serv deslocalizado para um país de leste.
Veja o meu caso (sou professor): um dos meus sindicatos (o mais representativo) apenas defende os interesses dos meus colegas do sector público, esquecendo-se de nós.
Como transcrevia no outro dia do livro "O Triunfo dos Porcos": "Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros".